Esvaziemos a mente

por Sri Chinmoy

Agora tentaremos esvaziar a mente. Certamente, é a tarefa mais difícil, mas o faremos. Nossa mente fez amizade com pensamentos abundantes. Esses pensamentos são insalubres, inadequados, não aspirantes e não divinos. No momento que o nosso coração-aspiração elimina um pensamento, para sua surpresa, um novo pensamento surge imediatamente. Parece que somos forçados a jogar um jogo sem fim.

Mas há um outro jogo, o jogo da força de vontade. Herdamos esse jogo do nosso Pai, o Senhor Supremo. Quando jogamos esse jogo, transformamos nosso mundo-pensamento no mundo-força-de-vontade.

De onde obtemos essa força de vontade? Obtemos do nosso mar-tranquilidade. Onde adquirimos esse mar-traquilidade? Obtemos ele do sol-liberdade e céu-unicidade da nossa vida.

Um homem de força de vontade encara todas as tempestades e intempéries da vida. Ele sabe que não é o corpo terra-limitado, mas sim a alma Céu-liberta. Ele também sabe que não é um escravo da sua natureza, mas também um instrumento supremamente escolhido do seu Piloto Interior, seu Amado Supremo. O que ele realmente tem e verdadeiramente é é a chama-aspiração, e essa chama-aspiração o faz sentir sempre Céu-liberto. Ele está no mundo, é verdade; mas ele não é do mundo. Ao mesmo tempo, ele sabe que existe para o mundo, para a transformação do mundo e para a manifestação de Deus em e através do mundo. Ele é sempre por este mundo.

Esvaziemos a mente. No vazio da nossa mente estará a Paz da Infinitada, a Luz da Eternidade e o Deleite da Imortalidade. Esvaziemos a mente.

Concentração

por Sri Chinmoy

Na vida espiritual, temos de usar a nossa concentração todo o tempo, a cada segundo. Se não sabemos nos concentrar, ficamos perdidos; é o nosso fim. Podemos meditar por dez horas, mas não teremos qualquer resultado satisfatório.

Concentração é a nossa atenção completa ou integral em algo em particular. Focamos nossa atenção num objeto ou tema e esquecemos completamente do resto do mundo. Não permitimos que o resto do mundo adentre a nossa mente. Apenas nós e o objeto da nossa concentração existem. Quando não há uma terceira pessoa diante de nós ou ao nosso redor, isso é concentração.