Vídeos para meditar e sobre espiritualidade

Transcrição do vídeo e legenda por Sri Chinmoy Centre Brasil

Lista de vídeos selecionados para meditar.

 

 

Se alguém quiser ficar mais próximo de Deus

e quiser ser mais devoto, mais espiritual,

como você poderia guiá-los?

 

Eu diria para realizarem duas coisas: orar e também meditar.

Quando estão orando, devem lembrar que estão falando

com seu Pai Celestial.

Já quando estão meditando, devem sentir que o Pai Celestial

está falando com eles e terão que obedecer.

É uma conversa. Nesse caso, duas pessoas estão conversando.

Se uma delas permanecer em silêncio,

a outra não pode fazer nada.

Entre eu e você deve haver comunicação constante.

Deve haver uma comunicação constante entre o buscador e Deus.

Portanto, quando o buscador quer falar algo, ele tem de orar.

E quando quer aprender algo, ele tem de meditar.

Quando eu oro, com minhas mãos postas estou invocando,

estou subindo, como subir numa escada.

Estou indo pra cima pra ficar aos Pés do meu Senhor Supremo.

Estou subindo e subindo, e quando atinjo um certo estágio de

consciência, verei meu Amado Supremo e irei tocar Seus Pés e estar a Seus Pés.

Já quando medito, dessa forma…

Me torno calmo e quieto.

Então Ele descerá através de mim, descendo até meu coração.

E assim Ele me dará a mensagem e eu tentarei executá-la.

 

Pode me dizer a diferença entre orar e meditar?

Na oração consegue tudo, e meditação também.

Mas quando você ora, algumas vezes você se

sente totalmente desamparado.

Estamos orando e orando, absolutamente desamparados:

“Deus venha e nos salve, nos salve!”

Esse é nosso sentimento.

Estamos tão desamparados, esperando que

alguém em nome de Deus venha e nos ajude.

Já na meditação, você sente que existe Alguém

que você conhece e irá virá socorrê-lo:

Ele é o meu Pai, o Eterno Pai.

Mas, quando oramos, sentimos que estamos na rua,

como um mendigo, batendo na porta de alguém.

Se a pessoa for suficientemente gentil,

ela irá abrir a porta e nos dar o que precisamos.

Mas quando meditamos, temos um sentimento diferente.

Sentimos que o mundo todo nos pertence.

Portanto você irá bater na porta,

e alguém que é nosso Pai irá abri-la.

Nós confiamos nessa pessoa que nos ajuda com que precisamos, que é nosso Amigo, que é nosso Pai.

Mas quando somente oramos,

sentimos que alguém de muito alto irá vir e

notará nosso coração que sangra.

A meditação tem a vantagem do sentimento de que

a pessoa para a qual oramos é familiar.

Nós O conhecíamos e conhecemos. Ele é nosso Eterno Amigo.

Já na oração, sentimos que Deus o Pai é nosso Amigo, mas não temos certeza que Ele virá e satisfará nosso desejo ou aspiração.

Quando meditamos, temos mais certeza na vida,

pois já estabelecemos o sentimento de familiaridade,

de que Ele é o nosso Pai.

Temos uma certa confiança. O Pai nos ouvirá.

Quantas vezes precisaremos implorar,

sendo que Ele é o nosso Pai?

Mas a oração não tem essa certeza.

A oração age como um pedinte.

Você pode bater à porta de alguém por um longo tempo,

mas não há garantia de que a pessoa virá atendê-lo.

Mas quando meditamos há uma certeza interior.

Há uma certeza de que Ele lá dentro é bem familiar

e virá abrir a porta.

Quando você ora, você sobe para ver os Pés de Deus.

Quando você ora assim, nossa meta é ver e tocar os Pés de Deus e estar a Seus Pés todo o tempo.

Mas quando meditamos assim, trazemos Ele para cá.

Como uma arraia, assim que a soltamos, ela sobe, e então a trazemos de volta.

Quando meditamos, trazemos Ele para o nosso coração

e dizemos: “Agora, utilize-nos. Somos ignorantes.”

A oração sobe para ver os Pés de Deus.

E a meditação traz o Olho-Compaixão e os Pés-Perdão de Deus.

Uma sobe para ver, a outra desce para trazer.

 

Seria um erro durante a oração que estejamos pedindo algo ao invés de simplesmente comunicar?

Não. Não é errado. Se você orar por algo bom, não é um erro.

Digamos que a minha mente esteja me incomodando, cheia de dúvida e suspeita, raiva e etc.

Se eu oro a Deus: “Por favor, por favor, Ó Deus, por favor remova a dúvida, suspeita, ansiedade, preocupações e tantas forças negativas”, isso não é ruim.

Mas se eu oro a Deus para que me dê dez casas, vinte carros, isso é ruim. Isso é possuir.

Algo é se eu oro a Deus e Ele vem com a Sua Compaixão e me ilumina, se isso é o que eu peço, pois a minha mente de dúvida criou tantos problemas para mim, a minha mente de suspeitas.

Deus está sempre pronto para quando oramos por algo bom.

Mas devemos saber de que tipo de oração se trata.

Se é para Deus vir e remover meu medo, dúvida e ansiedade,

ou se estou orando para o meu sucesso material.

Se orarem juntos, se for possível,

Ao orarem juntos, será mais eficiente.

Mas, se não puderem, fazer o quê?

Se puderem meditar juntos, terão melhores resultados.

Mas algumas pessoas acham que, quando vêem outra pessoa,

a sua inspiração desaparece.

A aspiração desaparece.

Mas o ideal é meditar juntos, orar juntos tão frequentemente quanto o possível.

É uma questão de trabalho coletivo.

É bom fazer trabalho coletivo tanto quanto possível.

 

Quando ora a Deus, é uma conversa.

Quando ora a Deus assim,

imediatamente sentimos que Deus está aqui,

um pouco acima, ou só Deus sabe o quão mais alto,

mas Ele ouve as nossas orações.

“Deus, nos dê isto.”

Quando meditamos, sentimos que a Sua existência

não está lá, mas está aqui.

Há duas vias. Agora estou falando com você por alguns segundos

e você fala comigo.

Quando oramos, sentimos que Ele está lá emcima, ouvindo o que eu digo.

E quando meditamos, sentimos que Ele está falando conosco: “Faça isso, faça aquilo, não faça isto.”

Se puder abordar Deus e sentir que Ele está aqui dentro,

poderemos ter uma conversa sem fim.

Mas a nossa mente nos diz que Deus está

lá em algum lugar, outro lugar que não aqui, acima.

Então, para convencermos a mente,

devemos orar para lá, e Deus nos ouvirá.

Mas se puder ir para além da mente,

se puder viver aqui [no coração], então vemos que dentro do nosso coração

a conversa acontece de forma constante e incessante.