Porque meditar de olhos abertos

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por Patanga Cordeiro

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“O silêncio transforma tudo em beleza.” -Sri Chinmoy

7 erros comuns que podem fazer você desistir da meditação

por Patanga Cordeiro

1 Você não está meditando, mas sim relaxando

Meditação, yoga e relaxamento são coisas muito diferentes. Quando você relaxa, tira a tensão do seu corpo, da sua mente. Yoga são exercícios físicos, que auxiliam indiretamente, pois se o seu físico for saudável, tudo vai ser melhor, inclusive a sua meditação. Já, quando medita, usa a sua força de vontade e poder de concentração para atravessar o véu de inquietação e buscar mergulhar fundo na sua essência, ou permitir que algo mais elevado entre em você. As duas coisas são boas, mas têm propósitos completamente diferentes. Para meditar, você precisa se esforçar, e muito. Prepare-se, dedique-se por semanas, meses, anos. É como um esporte ou uma língua – você precisa se dedicar por bastante tempo para desenvolver proficiência. Mas tem uma dica: mesmo no começo, se praticar com sinceridade, terá um sentimento de satisfação genuína.

 

2 Meditar de olhos fechados ou deitado

Quando fechamos os olhos, o corpo pensa que é hora de dormir. Isso pode fazer que não medite de fato, mas sim fique num devaneio, descanso ou divagação. O mais seguro é deixar os olhos um pouco abertos, fixos num ponto. Além de não deixá-lo dormir, isso ajudará a se focar durante o exercício. É conhecido como “a meditação do leão”. Mesmo que ache difícil no começo, você precisa praticar isso por umas semanas até se acostumar. Então verá a diferença.

Meditar deitado é o mesmo caso de meditar de olhos fechados. A postura deitada é ótima para relaxar, para descansar, para a circulação, mas não para fazer algo que exige intensidade e concentração.

 

3 Viver a vida como antes

A meditação é uma forma de tornar a sua vida mais luminosa a partir de dentro, mas se você deixar a sua vida externa sufocar essa transformação, ficará frustrado e não terá um sentimento de progresso. Na vida exterior, é bom buscar simplicidade, purificação e alegria inocente, deixando para trás na medida do possível hoje as coisas impuras, complexas e prazeres vazios.

 

4 Não praticar todos os dias

Se você não faz algo diariamente, aquilo acaba ficando relegado a uma categoria de baixa importância na sua vida, e você passa a não se esforçar o suficiente para a meditação acontecer. Sri Chinmoy faz a analogia de que, mesmo quando a comida não está tão boa, você ainda come todos os dias. Não é porque a comida de hoje não é a sua predileta que você não comerá. A meditação pode variar todos os dias, mas ainda assim você alimenta a sua alma com ela todos os dias.

 

5 Não ter um horário fixo para meditação matinal

Ter um horário fixo para a meditação matinal é algo que resolve a questão de não conseguir meditar todos os dias. Se você marca um horário cedo, antes de começar o seu dia, sempre conseguirá fazer a sua meditação, independentemente do que estiver acontecendo no mundo. Se na sua casa as coisas começam a acontecer às 7h da manhã, acorde às 6h para meditar. Quando for sete horas e as outras pessoas tiverem acordado, você já terá feito a sua meditação e leitura, e estará pronto para lidar com as coisas de fora, sair para correr, ir para o trabalho, etc.

Se você um dia acordar atrasado, medite na hora que acordar, do mesmo jeito. Chegue atrasado no trabalho ou improvise um café da manhã, mas não deixe de alimentar a sua alma. De noite, antes de dormir, pratique novamente. Mesmo que não tenha um horário fixo para a sua meditação extra da noite, o fato de estar praticando mais uma vez será um auxílio.

 

6 Achar que precisa esvaziar a mente para meditar

A meditação acontece a partir do seu coração espiritual, e não na sua mente. O silêncio mental auxilia bastante na meditação, mas um estado de silêncio completo é uma coisa muito, muito avançada, pertencente a reinos que provavelmente não estão a nosso alcance agora. Você deve diminuir a quantidade de pensamentos, não ficar preso a eles, afugentá-los, ignorá-los. O importante é se concentrar no exercício proposto o máximo possível. Se perder o fio da concentração, apenas retorne ao exercício. Haverá momentos de silêncio, que podem ser muito proveitosos, mas a meditação pode acontecer mesmo se houverem pensamentos incomodando você aqui e ali.

 

7 Ouvir muitos conselhos por aí ou achar que sabe tudo

A internet e as pessoas estão cheias de informação, mas não necessariamente de sabedoria. Suas ideias podem confundir você na sua busca, e talvez você se desvie na sua prática sincera de meditação. O inverso também pode acontecer: você acha que sabe tudo e que sabe o significado de tudo. O que você leu aqui também está incluso.

O melhor é largar os seus próprios conceitos e também os dos outros e aprender diretamente com um Mestre genuíno, alguém que alcançou a iluminação de forma permanente e recebeu uma comissão divina para ensinar. Você saberá quem é o seu Mestre quando estiver pronto, estiver diante dele, e exercitar a sua sinceridade.

Sete mitos da meditação

frase inspiradora sonhos

Sete mitos da meditação por Patanga Cordeiro

1 Encostar o indicador no polegar e apoiar as mãos nos joelhos

Para meditar não é preciso deixar os dedos das mãos se encostando, como uma estátua hinduísta. Apesar de que tudo influencia na meditação, inclusive a posição das mãos, essa posição não é necessária e pode não lhe ajudar. Mas você pode deixar suas mãos de forma confortável, sem se preocupar com a imagem clichê que aparece na TV.

 

2 Eu fecho os olhos para meditar

A forma mais difícil de meditar é com os olhos fechados, pois existe uma forte tendência ao sono ou devaneio. Se quiser relaxar, sim, feche os olhos. Se quiser meditar, deixe os olhos entreabertos, focados num objeto de concentração, e sua meditação será muito mais fácil. Mesmo que ache difícil no começo, você precisa praticar isso por umas semanas até se acostumar. Então verá o resultado.

 

3 Meditação é tratamento de saúde mental

A meditação é praticada desde o início da humanidade como uma forma, uma linguagem para reunião com o divino. A humanidade pratica meditação há pelo menos uma dezena de milênios. Recentemente (nos últimos cinquenta anos, digamos), foram associados benefícios para a saúde mental vindos dos exercícios de meditação, mas a esfera médica é algo que não possui relação estrita com a busca pela Verdade última. Se você tiver um corpo perfeito e uma mente perfeita, ainda assim não terá iluminação. Há Mestres que realizaram a Verdade altíssima e não tinham corpos ou mentes perfeitas.

 

4 É preciso ser um monge budista para meditar

Se a sua vida for muito complexa, é claro que a sua meditação será muito difícil. Se tiver uma vida simples, focada naquilo que importa, isso será um auxílio. As tradições monásticas de todas as denominações (cristã, budista, hinduísta, etc) existem para quem quer ter um estilo de vida rigorosamente simples, que é de auxilio grande à meditação. Mas há Mestres modernos, como Sri Chinmoy, que pedem que seus alunos permaneçam na sociedade, trabalhando, mantendo os laços familiares existentes, e encarem isso como uma forma de prática espiritual.

 

5 Preciso sentar de pernas cruzadas para meditar

Sentar-se de pernas cruzadas ou na posição de lótus pode ser um auxílio para a meditação, pois ajuda a manter a coluna ereta. No entanto, se o desconforto for considerável, é melhor meditar sentado numa cadeira (você pode sentar-se na ponta, sem usar o encosto, para deixar a coluna reta). Meditação não é exercício de alongamento e nem austeridade. Ela é um mergulho profundo.

 

 

6 A meditação desenvolve capacidades de enxergar coisas, auras, ler pensamentos, etc

Se você desenvolvesse capacidade de enxergar a aura dos outros, das coisas, ou ver o futuro, ou ler pensamentos, provavelmente seria o fim da sua busca espiritual. A maior parte das pessoas ficaria encantada com esse tipo de coisas, ou então profundamente entristecida, e de toda forma presa a essas realidades. Sri Ramakrishna costumava dizer que se uma pessoa tiver um único dentre os oito poderes, ela não realizaria Deus. Depois de alcançar a iluminação, Deus pode, se quiser, conceder qualquer poder a você, pois isso não o perturbará.

 

7 Cada um pode criar o seu próprio caminho

Cada pessoa chega na meta de uma forma, sim. Mas é muito comum observar as pessoas adquirindo ideias ou práticas aqui e ali, mas apenas aquelas as quais gostam, se identificam, ou se sentem confortáveis. Se você for o seu próprio mestre e decidir quais coisas deve fazer ou não fazer, provavelmente não fará nenhum progresso, pois continuará com a mesma compreensão e consciência do mundo. Um buscador que está pronto para fazer progresso na sua meditação e na sua vida espiritual precisa encontrar seu Mestre, para que possa ser moldado, ter as experiências que são necessárias (e não as que são agradáveis ou confortáveis) e se tornar um ser mais perfeito a cada dia.

Experiências com o trabalho ou serviço voluntário

(acima, curso na Unicamp)

Experiências com o trabalho voluntário

Faz vinte anos que comecei a fazer trabalho voluntário. Esse tipo de serviço traz uma espécie de satisfação incomum quando vem do interior; não com o desejo de ser bonzinho, de mostrar que você tem algo para dar, mas sim quando você sente que lhe foi dada uma chance de se tornar quem você é através da autodoação.

Fica difícil hoje contar mais do que o superficial, porque, na verdade, as experiências são profundas. Mas tentarei compartilhar ao menos o superficial:

Traduções do inglês (na verdade, escrever português)

A primeira coisa que fiz foi traduzir livros do inglês. Mas meu português escrito era tão ruim que não servia muito para ninguém os livros que traduzi. Mas isso me fez ter vontade de estudar português de verdade (algo que eu havia bloqueado durante a escola). A partir de então, todos os meus empregos eu consegui por ter gabaritado a prova de português. De repente, meu maior inimigo na escola, o português, se tornou um aliado nos campos de batalha. Sem falar no fato de eu ter quase decorado os livros que traduzi, pois tive de revisá-los muitas vezes. Mesmo que ninguém lesse as traduções, elas me construíram muito melhor do que eu era antes.

Distribuir livros gratuitamente

Uns quinze anos depois de traduzir esses livros, alguns tinham sido publicados e vendidos, mas eu separei um orçamento para fazer um desses livros em grande quantidade (e baixo preço, portanto). Sempre que tinha a chance, eu gostava de dar de presente o livro. Um colega que joga jogos de tabuleiro um dia foi em casa pegar um jogo que vendi, e eu dei o livro para ele. Ele entrou rápido no carro e foi embora. No dia seguinte, recebi uma mensagem: “Desculpe não ter mais tempo aquele dia. Mas queria contar duas coisas. Eu senti muita paz na sua casa. E, quando coloquei o livro no colo da minha esposa, que estava no carro, os olhos dela brilharam! Foi muito especial.” Outro colega também dos jogos de tabuleiro, quando viu o autor, Sri Chinmoy, na capa, exclamou: “Sri Chinmoy! Eu fui num Concerto da Paz dele na Alemanha, nos anos 90!” Para mim foi muito legal ver pessoas que haviam visto o Mestre muito antes de eu pensar em qualquer coisa de espiritualidade. Uma colega me contou que uma pessoa que ganhou um desses livros teve sua vida transformada completamente – trabalho, família, dieta, etc.

Cursos de meditação gratuitos

Essa foi a atividade onde mais me dediquei, e onde mais me transformei. É algo tão importante e sagrado que, simplesmente ao se colocar disponível para isso, você precisa mudar, melhorar, se permitir ser um instrumento, com todas as consequências. Eu sinto que é como se fosse um fio de eletricidade. A energia precisa ir de A para B, mas por você ser o fio que só conduz a eletricidade, você também fica eletrizado, na mesma proporção que A e B. Em alguns momentos me vi dizendo as coisas como se fosse um observador. Em alguns desses casos, lembro até de começar a contar uma história espiritual, mas eu não sabia qual era o fim da história, o que ela tinha a ver com o que estávamos falando, e nem qual seria a próxima parte. Era como se as palavras fossem colocadas na minha boca, e eu só não resisti, fiquei observando. Ao final, eu mesmo pensei: “Nossa, que história incrível e iluminadora!” Olhando para as pessoas que estavam ouvindo, todas estavam transfixadas, imóveis. Acho que a moral disso tudo é que tem Alguém que faz certas coisas para a humanidade, e temos a oportunidade de participar disso de forma humilde e ainda sendo elevado por Ele ao mesmo tempo.

A única coisa na minha vida da qual nunca desisti

por Patanga Cordeiro

Na minha vida, já fiz tantas coisas, mas em algum momento desisti de todas, menos uma.

Eu já estive na universidade, mas larguei.

Comecei então outra faculdade, e larguei.

Comecei a aprender espanhol, mas uma hora larguei.

Fui aprendendo italiano, mas uma hora parei.

Aprendi um tanto de japonês, mas uma hora desisti.

Tive namorada, mas me separei.

Comecei diferentes esportes, mas troquei.

Tive um estágio na faculdade que durou um mês, mas parei.

Tive outro que durou seis meses, mas acabei.

Tive um emprego que durou três anos, mas larguei.

Estou num emprego há 17 anos, mas um dia aposentarei.

Nasci em Curitiba, me mudei para Jacarezinho, hoje estou em São Paulo, amanhã não sei.

Aprendi a tocar um instrumento, depois troquei, depois troquei. Hoje não toco mais.

Já fiz promessas de que nunca faria ou deixaria de fazer coisas, mas quebrei-as assim que minha compreensão das coisas mudou.

E, mesmo se continuasse fazendo todas essas coisas até hoje, não faria muita diferença.

A única coisa da qual nunca desisti, que faz toda a diferença, e que não vejo motivo algum para desistir em qualquer momento da minha vida, é a prática diária da meditação.

Faz vinte anos que comecei, e é a única coisa que não deixei de fazer, nem por um dia.

Por quê?

Porque você NÃO DEVE meditar ; )

por Patanga Cordeiro

Hoje vamos falar sobre três tipos de pessoas que NÃO DEVEM meditar (num tom sarcástico, claro). Assista até o fim.

1) Quem tem uma vida perfeita

A pessoa que já tem uma vida perfeita, que não precisa de nada mais e tem uma satisfação completa em todos os âmbitos, internos e externos, não deve meditar.

Isso é porque, se você meditar de verdade, mudará a sua vida. Você começará a enxergar as coisas de forma mais completa, mais real, começará a se identificar com o mundo e a entender a si mesmo a partir de um patamar mais elevado de compreensão, e isso faz com que comece a mudar sua vida. Você começa a se tornar mais você, uma pessoa mais genuína. Coisas que antes eram importantes poderão se tornar desimportantes. Coisas que não tinham valor podem se tornar as mais importantes. Tudo pode mudar se você começar a meditar.

2) A pessoa que não gosta de se desafiar

A meditação diária é um desafio único a cada dia. Cada meditação é uma batalha interna, muito diferente da outra. Você terá de usar toda a sua força de vontade, mergulhar fundo no seu coração e se deparar com um Eu maior do que o que você está acostumado a enxergar em si mesmo no dia a dia. Você vai precisar de coragem.

Meditar não é fechar os olhos e relaxar. (Inclusive, a dica é meditar sempre de olhos abertos.)

3) A pessoa que costuma pegar hábito de fazer as mesmas coisas todos os dias.

Também não deve meditar a pessoa do tipo que adquire hábitos facilmente, como o hábito de comer todos os dias, tomar banho todos os dias, dormir todos os dias, ir ao trabalho ou escola (quase) todos os dias, etc. Se começar a praticar a meditação, poderá gostar tanto que irá incluir mais um ritual no seu dia, a meditação, sendo que o seu dia já está cheio de coisas muito mais importantes, relevantes e imortais do que alimentar o seu ser interior.

Se alimentamos o corpo três vezes ao dia, por que não alimentar a nossa alma pelo menos uma ou duas vezes ao dia?

A meditação nos ensina

Que não precisamos

Viver só de esperança.

-Sri Chinmoy